A humanidade passa por um dos períodos mais difíceis de sua história recente. Além das perdas humanas, a epidemia de coronavírus está custando empregos e a estabilidade financeira de milhões de negócios e famílias ao redor do mundo.
Empresas de todos os tamanhos foram obrigadas a reformular suas operações para conseguir sobreviver.
Muitos negócios recorreram à tecnologia e aos canais de vendas digitais para reverter a queda de faturamento causada pelas portas fechadas.
Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), mais de uma loja virtual foi aberta por minuto entre março e o fim de maio.
Boa parte das novas lojas online é composta por pequenos negócios, que são essenciais para a economia brasileira.
Em 2019, o país já tinha 13,5 milhões de micro, pequenas e médias empresas, segundo o Sebrae. São esses empreendedores que vão impulsionar o país para dias melhores.
As perspectivas são infinitas para uma pequena empresa que transforma seu negócio digitalmente.
O empório de bairro, que vendia apenas para o público que passava pela sua porta, pode expandir sua atuação para toda a cidade ou, até mesmo, o país, por meio de uma loja online.
A noção de que inovação é apenas para grandes corporações não poderia estar mais errada. As PMEs podem estar na vanguarda da inteligência e da automação.
Segundo o Índice de Inteligência das Empresas de 2019, da Zebra, 37% das PMEs podem ser consideradas “inteligentes”.
O número geral, que inclui negócios de todos os portes, aponta para 17%. O Índice de Inteligência é calculado com base em 11 critérios que incluem visão e adoção de Internet das Coisas (IoT), gestão de dados e análise inteligente.
Investimentos em tecnologia feitos por empresas de todos os tamanhos pode se traduzir em maior produtividade para o funcionário, redução de tempo de treinamento de equipe e plena visibilidade de informações em tempo real.
Esta última tem um papel fundamental no auxílio ao tomador de decisões a fazer escolhas mais informadas, que ajudam o negócio a rodar melhor.
Tecnologias e soluções inovadoras como RFID, computadores móveis, impressoras, scanners de código de barras e tablets estão causando um impacto significativo em todos os tipos de negócios.
Pode parecer complicado, mas não é. Em uma fábrica de roupas, cada estágio da produção recebe sensores que podem rastrear tudo, desde o inventário de matérias-primas até o tempo gasto pelo funcionário produzindo cada item e o volume de eletricidade usado para fabricar uma camiseta.
A Internet das Coisas (IoT) permite que esses sensores se conectem a uma rede e compartilhem informações valiosas que possibilitam que os funcionários executem ações certeiras.
Ao coletar e monitorar esses materiais armazenados na nuvem, as empresas conseguem construir bases de dados que podem ser acessadas de maneira rápida e fácil por meio de dispositivos móveis corporativos, como tablets e smartphones.
Esses devices utilizam o sistema operacional Android, que já é familiar para a maioria dos trabalhadores, por conta de seus dispositivos pessoais.
A combinação desses equipamentos móveis leves e intuitivos e da tecnologia em nuvem ajudará a tornar as pequenas empresas mais inteligentes, sem comprometimento significativo de investimentos.
Atualmente, o maior desafio não é pagar pelas novas tecnologias, mas sim escolher a que trará um retorno mais rápido para o seu investimento.
Líderes de pequenas e médias empresas devem procurar por soluções feitas sob medida para suas demandas específicas, sejam elas referentes ao controle de produção, de estoque ou ao atendimento ao cliente. Tenha claro que há opções para todo tamanho de operação.
Para uma PME, atingir as vantagens competitivas alcançadas por meio de soluções inteligentes que conectam pessoas, ativos e dados pode ser a diferença entre prosperar ou fechar as portas, especialmente em tempos difíceis.
Com operações mais inteligentes e eficientes, poderemos olhar para trás e ver essa crise como um capítulo que marca a virada dos pequenos negócios.
Fonte: https://www.jornalcontabil.com.br/pmes-sao-essenciais-para-a-recuperacao-economica/